Labels:text | font | paper | document OCR: A PROSPERIDADE do Império Songhai baseava-se no controle do comércio entre o deserto do Saara e as regiões do norte e oeste da África. Esse comércio proporcionou grande riqueza por mais de um século, mas o império tinha muitos vizinhos que invejavam sua prosperidade. AS DISPUTAS INTERNAS Na teoria, quando um askia (governante) morria, devia ser substituído por seu irmão mais velho. Mas, na prática, sempre havia lutas entre vários filhos ou irmãos que queriam tomar o poder. Cada um podia controlar seu próprio exército ou província. Em 1586, quando Maomé Bani tornou-se askia, seus rivais iniciaram uma guerra civil. O sultão marroquino Al-Mansur tirou proveito da crise e invadiu o Império Songhai. OS INVASORES MARROQUINOS Al-Mansur partiu de Marrakech, no Marrocos, em outubro de 1590. Pelos padrões da época, seu exército de 4 mil homens não era grande. Mas estava armado com mosquetes e canhões, não com arcos e flechas. As forças invasoras incluíam artesãos, engenheiros, médicos e 10 mil camelos que transportavam todos os alimentos e equipamentos. A BATALHA DE TONDIBI Metade dos soldados marroquinos morreu cruzando o deserto. O restante do exército alcançou Níger, no norte do Império Songhai, em fevereiro de 1591. Lá, um grande exército songhai enfrentou os marroquinos na batalha de Tondibi. As estimativas variam, mas os songhais tinham entre 40 mil e 100 mil arqueiros. Apesar da desvantagem numérica de vinte homens para um, os 2 mil mosqueteiros marroquinos derrotaram facilmente o exército songhai. A VITÓRIA MARROQUINA O vitorioso Al-Mansur fixou-se em Timbuktu e vangloriava-se de ter unido toda a África islâmica. Mas não conseguiu assumir o controle de importantes minas de ouro da região sul. O Império Songhai desmoronou, e Timbuktu começou a declinar.
